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domingo, 16 de janeiro de 2011

Infidelidade e a Teoria das Paredes e Janelas

(Google Imagens)

Terminei de ler há dois meses o livro mais recente da autora de Comer, Rezar, Amar, Elizabeth Gilbert. O livro é esse:


A autora cita o trabalho de uma psicóloga  - Shirley P. Glass - que pesquisa há tempos sobre a infidelidade conjugal. Bem interessante a teoria dela, com a qual concordo plenamente:

"Ela escreve que a maioria dos casos começa quando o homem ou a mulher fazem um novo amigo e nasce uma intimidade aparentemente inofensiva. Ninguém sente o perigo se aproximar, porque o que há de errado na amizade? Por que não podemos ter amigos do sexo oposto, ou do mesmo sexo, quando estamos casados?"

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Segundo a psicóloga, não há nada de errado desde que as paredes e janelas do relacionamento continuem no lugar certo.
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 A teoria dela é que todo relacionamento saudável se compõe de paredes e janelas. "As janelas são os aspectos do relacionamento abertos ao mundo., isto é, as brechas necessárias com as quais interagimos com família e amigos. As paredes são as barreiras de confiança, através das quais ficam guardados os segredos mais íntimos do casamento.

Entretanto, nas amizades supostamente inofensivas, o que acontece é que começamos a dividir com o novo amigo intimidades que deveriam estar escondidas dentro do casamento. Revelamos segredos sobre nós, nossos anseios e frustrações mais profundas, e se expor assim dá uma sensação boa.
Abrimos uma janela onde na verdade deveria haver uma parede sólida e resistente e logo nos vemos derramando os segredos do coraçãopara essa nova pessoa. Não querendo que o cônjuge tenha ciúmes, mantemos ocultos os detalhes da nova amizade.

Com isso,criamos um problema: acabamos de construir uma parede entre nós e o cônjuge onde deveria haver a circulação livre de ar e luz. Portanto, toda a arquitetura da intimidade conjugal foi rearrumada. Todas as antigas paredes agora são imensas janelas panorâmicas; todas as antigas janelas agora estão emparedadas como as de uma casa abandonada. Sem perceber, acabamos de criar a planta baixa perfeita para a infidelidade."
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Eu percebo isso como um exercício "orai e vigiai" muito eficiente. Não que tenhamos que vigiar o outro, mas cada um a si mesmo.

Angela Cunha 

2 comentários:

  1. Achei também esta parte do livro muito interessante, or isso tive a curiosidade de pesquisar seus textos>

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