Pesquisar este blog

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eu

Nem sempre gosto de fotos minhas. 
Nem sempre saio bem nelas. 
Em alguns dias em especial, as fotos mostram o que nos vai na alma. 
Esse foi um desses dias. 
Estava feliz.
E meu filho estava inspirado como fotógrafo.
Juntando isso tudo, foi esse o resultado.
Até que gostei!
                                 
                                  Angela Cunha

domingo, 23 de janeiro de 2011

Terra - Um Organismo Vivo


Google Imagens


Há quase dois mil anos atrás São Paulo declarava: "Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora". 

Parece que a Terra parou de gemer e começou a gritar, parou de suportar e começou a reagir. Como ser vivo, ela se angustia e se alegra, contrai e expande, se movimenta, exala aromas, exibe cores, emite sons, persegue a beleza, a arte, a harmonia e é envolta em mistério e magia. 


Neste ORGANISMO VIVO nascemos, reproduzimos e morremos. 


Nosso corpo tudo faz para manter o equilíbrio e a harmonia; não pensemos que a Terra agirá diferentemente. De uma forma de outra, ela se livra dos excessos, do inconveniente. 


Convém lembrar que a divindade também habita a natureza e que, portanto, cuidar da Terra é uma bela forma de cultuar o Criador. As mãos que cuidam podem ser mais santas que os lábios que oram. 

Ao ferir a Terra hoje, estamos produzindo os gemidos e as lágrimas das próximas gerações.

Oliveira Fidelis Filho

Texto na íntegra:

domingo, 16 de janeiro de 2011

Infidelidade e a Teoria das Paredes e Janelas

(Google Imagens)

Terminei de ler há dois meses o livro mais recente da autora de Comer, Rezar, Amar, Elizabeth Gilbert. O livro é esse:


A autora cita o trabalho de uma psicóloga  - Shirley P. Glass - que pesquisa há tempos sobre a infidelidade conjugal. Bem interessante a teoria dela, com a qual concordo plenamente:

"Ela escreve que a maioria dos casos começa quando o homem ou a mulher fazem um novo amigo e nasce uma intimidade aparentemente inofensiva. Ninguém sente o perigo se aproximar, porque o que há de errado na amizade? Por que não podemos ter amigos do sexo oposto, ou do mesmo sexo, quando estamos casados?"

_________________________________________________________

Segundo a psicóloga, não há nada de errado desde que as paredes e janelas do relacionamento continuem no lugar certo.
______________________________________

 A teoria dela é que todo relacionamento saudável se compõe de paredes e janelas. "As janelas são os aspectos do relacionamento abertos ao mundo., isto é, as brechas necessárias com as quais interagimos com família e amigos. As paredes são as barreiras de confiança, através das quais ficam guardados os segredos mais íntimos do casamento.

Entretanto, nas amizades supostamente inofensivas, o que acontece é que começamos a dividir com o novo amigo intimidades que deveriam estar escondidas dentro do casamento. Revelamos segredos sobre nós, nossos anseios e frustrações mais profundas, e se expor assim dá uma sensação boa.
Abrimos uma janela onde na verdade deveria haver uma parede sólida e resistente e logo nos vemos derramando os segredos do coraçãopara essa nova pessoa. Não querendo que o cônjuge tenha ciúmes, mantemos ocultos os detalhes da nova amizade.

Com isso,criamos um problema: acabamos de construir uma parede entre nós e o cônjuge onde deveria haver a circulação livre de ar e luz. Portanto, toda a arquitetura da intimidade conjugal foi rearrumada. Todas as antigas paredes agora são imensas janelas panorâmicas; todas as antigas janelas agora estão emparedadas como as de uma casa abandonada. Sem perceber, acabamos de criar a planta baixa perfeita para a infidelidade."
______________________________________________________________

Eu percebo isso como um exercício "orai e vigiai" muito eficiente. Não que tenhamos que vigiar o outro, mas cada um a si mesmo.

Angela Cunha 

Lembranças



Ela acordou feliz. Era um lindo sábado de sol, ela tinha a manhã livre e o apartamento estava silencioso e tranqüilo.

Espreguiçou-se... 

Vagou pra lá e pra cá. Seus olhos bateram nos CDs antigos. Sentiu saudade. Lindos momentos passados, escutar tudo de novo. Devo estar  em minha fase depressiva, pensou ela. Ignorou o pensamento e colocou o primeiro. Começou a fazer seus exercícios de respiração.

Seus pensamentos voavam longe. Lembrou de coisas lindas e outras, nem tanto. Percebeu que sua vida tem sido iluminada, cheia de momentos e pessoas inesquecíveis, e também de momentos em que seu coração se partiu em mil pedaços. Incrivelmente, ele - o coração - tem uma enorme capacidade de autocura. Sorriu ao pensar isso.

Cantou a plenos pulmões. Música é mesmo algo mágico pois tem o poder de trazer tudo de volta, a luz e a sombra. Era apenas uma questão de escolha.

Engavetou as lembranças, devidamente arquivadas por ordem alfabética e escolheu a luz. Saiu para caminhar sob o sol e sentir o vento da manhã, cantarolando suas músicas preferidas.

Angela Cunha

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Primavera Nos Dentes

Foto: Nelson Paes

QUEM TEM CONSCIÊNCIA PARA TER CORAGEM
QUEM TEM A FORÇA DE SABER QUE EXISTE
E NO CENTRO DA PRÓPRIA ENGRENAGEM
INVENTA A CONTRA-MOLA QUE RESISTE

QUEM NÃO VACILA MESMO DERROTADO
QUEM JÁ PERDIDO NUNCA DESESPERA
E ENVOLTO EM TEMPESTADE DECEPADO
ENTRE OS DENTES SEGURA A PRIMAVERA

(poesia escrita pelo pai de João RicardoJoão Apolinário, e musicada por ele)
                                                                                   (gravada por Secos e Molhados)



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Primeiro Beijo - Coisas da Adolescência...






 Cinco meninas dividiam cigarros e sonhos. Tinham treze anos. Quarto cheio de fumaça e música na vitrola. Beijo era o assunto do dia.

Uma das meninas apenas sorria. Era melhor fazer cara de experiente, pensava ela. Jamais confessaria que nunca tinha beijado nenhum menino. E, muito menos, que esse “problema” dominava seus pensamentos.

Como seria aquele contato úmido, quente e alucinante? Sem saber o motivo, algo quente passeava dentro dela quando imaginava sua boca colada em outra boca. Sentia arrepios...

E o cuspe? Para onde iria o cuspe, pelo amor de Deus? E os dentes se chocavam? E os narizes? Fazer o que com eles, pensava ela...

Sábado à noite, no clube, ela estava num baile, com as amigas. Se afastou por algum motivo e, no escuro da pista, ela o viu. Ele estava encostado na parede e a olhava com um meio sorriso nos lábios. Meu Deus, ele é lindo, pensou ela, enquanto andava devagar, fingindo procurar alguém.

Ela jamais saberia dizer como de repente estava nos braços dele, seus corpos colados se movendo suavemente. Ondas quentes e arrepios no corpo todo. Ele a envolvia com seu calor como nunca pensou ser possível. Moviam-se, dançando a dança do tempo, encantados com o que causavam um ao outro.

Ela sentiu a respiração dele na orelha e sua boca se mover pelo rosto, procurando a dela. Contato úmido, quente e alucinante. Tonta, pensava como poderia sua língua tocando outra causar tudo aquilo.


Feliz e poderosa, naquela noite se sentiu de fato uma mulher. E adivinhou, ao deitar mais tarde em sua cama, que ia querer repetir beijos por toda a sua vida...

Angela Cunha

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

E Chopin estava olhando a praia...

 Foto: Nelson Paes
Foto: Nelson Paes

Chegamos na Praia Vermelha e logo nos perguntamos o que fazia uma estátua de Chopin ali, olhando o mar languidamente. Logo nos distraímos com a beleza do local e esquecemos a questão.
Conversando com Ana, amiga carioca através do Facebook, tive a explicação para tal fato. Obrigada, Ana. Acho que poucos cariocas sabem disso:


CHOPIN NA PRAIA

No dia 1°. De setembro de 1939 as tropas nazistas atacavam a pacífica Polônia. O ataque foi tão devastador que três semanas depois os soldados alemães colocavam seu tacão em Varsóvia. Dentre as muitas barbaridades praticadas pelos invasores, uma das primeiras foi a de destruir o monumento ao compositor romântico polonês Frédéric Chopin existente naquela cidade.
Quando a notícia chegou ao Brasil, a comunidade polonesa aqui residente resolveu reagir, organizando uma subscrição para angariar fundos com o objetivo de erguer um monumento a Chopin no Rio de Janeiro. Obtida a verba necessária, encomendaram a estatua ao escultor Augusto Zamoyski. Com 2,5 metros de altura e todo em bronze, o monumento ficou pronto ainda em 1939. Entretanto, a politica dúbia do governo brasileiro, oficialmente neutro, mas relativamente simpático aos alemães, adiou sua instalação por alguns anos.
Com o torpedeamento de navios brasileiros e a posterior declaração de guerra do Brasil aos países do Eixo, desengavetou-se a ideia da estátua. Em 1°. de setembro de 1944, no quinto ano da invasão da Polônia, foi inaugurado o monumento a Chopin na Praça Floriano, defronte ao Teatro Municipal. Lá ficou em paz por exatos quinze anos.
Em fins de 1959, o barítono Paulo Fortes iniciou uma campanha para erguer na Praça Floriano um monumento ao maestro e compositor Carlos Gomes. Conseguida rapidamente a estatua em bronze do maestro brasileiro, começou então uma campanha para dali remover a homenagem a Chopin, por considerarem incompatíveis os dois monumentos. Um outro grupo de intelectuais não via problemas na homenagem aos dois compositores na mesma praça, mas Paulo Fortes não pensava assim e, usando de sua influencia, conseguiu a remoção. Em 15 de Janeiro de 1960, o monumento a Chopin foi retirado à noite por funcionários da Prefeitura, sendo levado para um depósito. No dia 16, pela manhã, estava em seu lugar o maestro brasileiro.
Depois de algum tempo esquecido num depósito, o monumento foi colocado na Praia Vermelha em 1964. Chopin foi retratado em posição de quem medita e escuta. No final das contas, a romântica Praia Vermelha acabou se tornando a moldura perfeita para o mestre do romantismo. A estátua tem 2,5m e está sobre um pedestal de granito com um metro de altura.
Esta vai para todos que viam a Estatua de Chopin na Praia Vermelha e ficavam meio se entender o motivo dela esta ali.
Foto : Monumento a Chopin - Praia Vermelha - Urca - Rio de Janeiro - Brasil
Fonte Historia: Historia do Bairro da Urca

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Rio de Janeiro

Foto: Nelson Paes
Vista da Praia da Urca


Que cidade linda é o Rio! 
Fala-se muito sobre o Rio mas jamais se pode deixar de reconhecer a beleza natural que se distribui com generosidade por todos os lados onde nossos olhos alcancem. 

Estive hoje no bairro da Urca, onde não ia há muitos anos. Eu moraria ali para sempre. 


 Foto: Nelson Paes
Praia da Urca e Ponte Rio- Niterói ao fundo
Foto: Nelson Paes

 Lamento quando as pessoas não percebem a beleza ao seu redor. Passamos rapidamente por cenários magníficos ao longo do dia sem ao menos dedicarmos um olhar às maravilhas que nos cercam. Fiquei me perguntando se os moradores dali percebem o quanto são agraciados por aquele cenário que se oferece, simplesmente porque a beleza É, e não há como negar o óbvio.


(Angela Cunha)


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...